O USO DAS FERRAMENTAS DA WEB 2.0 NO SENTIDO DE PROMOVER A INTERAÇÃO E O COMPARTILHAMENTO DE CONHECIMENTOS E SEU REFLEXO NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM.
Carla
Sirlene Neves Galvão
Rosana
Pinto Ferreira da Silva
Tânia
Regina Costa
Temos visto crescer rapidamente o uso da tecnologia no contexto educacional
como um recurso pedagógico.
A
informática vem ganhando espaço nas salas de aulas, onde a web 2.0 se tornou um
cenário atrativo propiciando a interação das pessoas mediadas pela linguagem da
hipermídia. O mundo passa a se perceber como uma teia sistêmica. Porém o
fundamental não é o sistema, a interface, mas o que o as pessoas fazem com ele.
As ferramentas da Web 2.0 nos proporcionam facilidades no meio didático,
transformando comportamentos e ideias, possibilitando a (re) construção de
conteúdos abordados, atingindo resultados significativos quando integrada em um
contexto de mudança do ensino aprendizagem, em que professores e alunos,
professores e professores, alunos e alunos, possam vivenciar processos de
comunicação abertos com participação individual, grupal ativa e efetiva,
favorecendo aquisição de conhecimento. Servindo então como mediadores
a fim de proporcionar uma aprendizagem por meio da construção de conceitos e da
interação do aluno também com o próprio ambiente, bem como com o objeto do
conhecimento.
Com relação ao reflexo da Web no processo ensino aprendizagem este apresenta
algumas características, como é o caso da comunicação. Esta apresenta formas
singulares, agregando particularidades da língua escrita. As pessoas envolvidas
nessa comunicação através de ferramentas que a WEB 2.0 oferece, mantém a
distância de espaço, porém não a distância temporal. O uso então da língua
escrita vai sofrer alterações em virtude de satisfazer a necessidade de que a
comunicação escrita possa permitir que o outro compreenda a ideia de seu
interlocutor e possam assim estabelecer uma comunicação. Isso exige que ambos
se coloquem no lugar do outro ao escreverem o texto para que haja um
entendimento. É um processo cognitivo e linguístico que precisa ser
desenvolvido para que as interações possam acontecer a partir da cooperação,
dando suporte a construção do conhecimento e assim possamos ter uma comunicação
clara e com entendimento. Este é um trabalho que precisa da atenção do
professor.
Na educação, assim como em outros setores, nos deparamos com diversos tipos de
profissionais. Alguns estão dispostos a inovar, crescer, acompanhar a avalanche
de informações quem vem com a tecnologia e fazer bom uso pra si e para o
outro(educando). No entanto há ainda aqueles que resistem. Achamos que é neste
momento que entra o papel do gestor. Como disse o texto "assumir a
liderança no debate também com a comunidade escolar para que se encontrem
caminhos de se inserir as tecnologias digitais nos processos de ensino
aprendizagem..."
Os gestores assim como os professores não só não estão fora, como são de
fundamental importância criando estratégias e dando condições para que os alunos
possam fazer uso dessas redes sociais de forma consciente. É a construção do
conhecimento para o bem-estar não só do aluno, mas de todo um grupo social.
Adoramos o vídeo que o cursando Jesiel indicou do Marcelo Tas na Usp,
ele mostra um pouco a relação das tecnologias, porém a dificuldade das escolas
se abrirem para o novo. Fica a reflexão, qual o medo de se abrir para o novo?
Será pelo aspecto da mudança, pois toda mudança exige certo trabalho,
organização... As pessoas no geral estão acomodadas. Preferem continuar fazendo
tudo da mesma forma, educando da mesma maneira. Como na frase que é comum se
ouvir: eu fui alfabetizada assim, eu sei ler e escrever e não tenho nenhum
trauma.
Escola e as redes sociais estão cada vez mais próximas e, ao mesmo tempo,
distantes. Embora não faltem teorias, estudos e cursos que defendam o trabalho
conjunto entre elas, a interface não é das melhores. Muitas escolas ainda não
sabem lidar com os meios de comunicação, cada vez mais presentes, influentes e
ao alcance de crianças desde a Educação Infantil.
Quando o assunto são redes sociais dentro da escola, muita gente torce o nariz
e garante que os professores são pouco hábeis nelas, não sabem usá-las e ainda
são os principais “dificultadores” para inseri-las nos aprendizado em sala de
aula e em casa. Na contramão deste cenário, há quem defenda essas ferramentas
não como inimigas, mas como aliadas dos educadores.
Em pesquisa nos deparamos com alguns exemplos de redes sociais existentes é a
Edmodo, que neste ano chegou a 12 milhões de usuários. A plataforma, repleta de
funcionalidades, permite que os professores acompanhem a frequência e o
desempenho dos alunos. Outra rede social com os mesmos semelhantes é a
americana Teamie, disponível em inglês. Há também a brasileira Tria, com foco
no ensino médio, que tem 10 mil usuários por mês trocam informações e
conteúdos.
A escola precisa olhar para o que está
disponível na rede e apropriar-se de sua lógica para direcionar práticas
pedagógicas e incentivar o diálogo com esses espaços, pois neles circulam
informações, saberes e experiências, elementos fundamentais para o processo
educativo. É preciso aliar essa dinâmica à práxis, compreendê-la, debatê-la e
abrir as portas da escola para o mundo que é a internet.
As redes sociais são bons espaços para compartilhar com os alunos materiais
multimídia, notícias de jornais e revistas, vídeos, músicas, trechos de filmes
ou de peças de teatro que envolvam assuntos trabalhados em sala, de maneira
complementar, também pode ser utilizada para discussões, aproveitar o tempo que
os alunos passam na internet para promover debates interessantes sobre temas do
cotidiano, ajudar os alunos a desenvolverem o senso crítico e incentivar os
mais tímidos a manifestarem suas opiniões. Instigue os estudantes a se
manifestarem, propondo perguntas com base em notícias vistas nas redes, por
exemplo. Essa pode ser uma boa forma de mantê-los em dia com as atualidades,
sempre cobradas.
Não podemos esquecer dos cuidados a serem tomados nas redes, estabelecer
previamente as regras, combinados do "jogo" é um excelente começo.
Como estamos tratando redes sociais como bons espaços para compartilhar
aprendizagens, e ainda encontramos resistência dos docentes para essas
tecnologias, como gestores precisamos refletir muito e planejar estratégias
para lidar com essa questão bem delicada "mudar a postura do
professor", sabemos que muitas vezes isso é bem difícil, mas pensamos que
como gestores temos que conhecer nossos pares, e planejar a melhor forma de
intervir com cada um, sempre que refletimos nessa questão lembramos de uma fala
de um colega gestor em uma formação "Não podemos fazer com que os
professores acreditem nas nossas certezas, precisamos fazer com que eles
reflitam sobre as deles", acreditamos nisso, temos que através de momentos
de formação deixar "pulgas atrás da orelha" desestabilizar suas
certezas, deixar que indiquem soluções, deixar que busquem para si a
responsabilidade, apoiar, avaliar juntos as questões levantadas, foram
resolvidas, se não, pensar o que pode ser feito (outra ação), se foi resolvido agradecer
e parabenizar o grupo pela parceria, tudo dentro de uma prática democrática
dando vez e voz.
O que
podemos retratar é que a Web 2.0, não apresenta tanta diferença do que era
antes. O que há de maior significativa diferença é que o usuário (leigo ou nem
tanto) tem maior interação com a mesma. O usuário hoje não só interage com o
conteúdo, como também criá-lo e disseminá-lo, acrescentando novas informações.
A Web 2.0 facilita a educação, as plataformas de estudo online são grande
exemplo disso: podemos ler, fazer nossas atividades, tirar duvidas, discutir
com nossos colegas, etc. Ela também é rápida, noticias em uma velocidade
altíssima e quanto mais utilizado, mas
evolui.
Vemos constantemente novas atualizações de sites e aplicativos.
Acreditamos que tema é envolvente por que trata de informação,
estudos, contribuição e conhecimento, acredito que é sem dúvida alguma um
avanço tecnológico imensurável, pois tudo que precisamos esta em nossas mãos,
que tudo que ela nos proporciona segundo conceito elaborado por O'Reilly1 é
o aproveitamento da inteligência coletiva.
Ao participar das redes sociais acreditamos ter muitos amigos à nossa volta,
sermos populares, estarmos ligados a todos os acontecimentos e participando
efetivamente de tudo. Isso é uma verdade, mas também uma ilusão, porque essas
conexões são superficiais e instáveis. Os contatos se formam e se desfazem com
imensa rapidez; os vínculos estabelecidos são voláteis e atrelados a interesses
momentâneos.
É indiscutível o importante papel que as redes sociais desempenham hoje nos
rumos de nossa vida política e privada. São indiscutíveis também os avanços que
introduziram nas comunicações, favorecendo o reencontro e a aproximação entre
as pessoas e, se forem redes profissionais, facilitando a visibilidade e a
circulação de pessoas e produtos no mercado de trabalho. A velocidade com que
elas veiculam notícias, a extensão territorial alcançada e a imensa quantidade
de pessoas que atingem simultaneamente não eram presumíveis cerca de uma década
atrás, nem mesmo pelos seus criadores. Temos sido testemunhas, e também alvo,
do seu poder de convocação e mobilização, assim como da sua eficiência em
estabelecer interesses comuns rapidamente, a ponto de atuarem como disparadoras
das várias manifestações e movimentos populares em todo o mundo atual.
Portanto,
não podemos sequer supor que elas tragam somente meras mudanças de costumes,
porque seu peso, associado ao desenvolvimento da informática, é semelhante à
introdução da imprensa, da máquina a vapor ou da industrialização na dinâmica
do nosso mundo. As redes sociais provocam mudanças de fundo no modo como as
nossas relações ocorrem, intervindo significativamente no nosso comportamento
social e político. Isso merece a nossa atenção, pois acredito que uma
característica das redes sociais é, por mais contraditório que pareça, a
implantação do isolamento como padrão para as relações humanas.
Acreditamos que as redes sociais hoje é um facilitador da comunicação,
interação, informação e atualidade e que não é possível ignora-la por seu
encantamento e atrativos. Mas temos que ter claro sua função educativa e
trabalhar essa ferramenta com intencionalidade e aplicabilidade, promovendo
troca de conhecimentos e aprendizagem e como educadores proporcionar aos alunos
uma reflexão para que possam reconhecer esse espaço para além das inutilidades.
A internet é uma aliada do nosso dia-a-dia favorecendo maior agilidade em nosso
trabalho enquanto gestores educacionais, tendo em vista todos os assuntos
ligados a administração, dados inseridos no sistema, cadastro de alunos,
rendimentos escolares, estoque de merenda, comunicados em rede com a secretaria
de educação e também como alunos temos a vivencia que é a modalidade E.A.D, as
plataformas, postagens de atividades, fóruns, skipes, chat's, na qual recebemos
e enviamos a todo tempo informações em tempo real, um ciclo de inovação
intenso, buscando uma nova metodologia de trabalho e uma aprendizagem
significativa garantindo movimento das informações, estudo, pesquisas,
intensificando as possibilidades de interação devido as facilidades de uso.
1 Disponível
em:<http://http://www.brasilescola.com/informatica/web-20.htm> Acesso em:
19 dezembro 2014